PF apura fraude em inscrições do ENEM 2024 por meio de sites falsos – Jornal Contábil


Na manhã desta quinta-feira, a Polícia Federal (PF) deflagrou a operação Só Oficial, que investiga um esquema de fraudes relacionados a criação de sites falsos voltados à inscrição do ENEM 2024. O golpe enganou milhares de candidatos e teria movimentado pelo menos R$ 3 milhões em pagamentos indevidos.

De acordo com as investigações, o grupo criminoso se aproveitou do período oficial de inscrições para lançar páginas que imitavam o site do INEP, órgão responsável pela organização do exame. Logo, por meio desses sites falsos, os estudantes realizavam pagamentos via Pix, acreditando estarem se inscrevendo regularmente no ENEM.

Como funcionava os pagamentos?

As taxas cobradas pelos golpistas eram direcionadas a uma conta bancária ligada a uma empresa privada sem qualquer autorização do Ministério da Educação ou do INEP. Ao todo, os valores arrecadados somam pelo menos R$ 3 milhões.

Os recursos foram recebidos por meio de uma fintech, por uma conta da empresa investigada. Onde a mesma já possui diversas denúncias na internet por práticas semelhantes, como cobranças indevidas e não entrega de serviços.

Impacto para as vítimas

Os candidatos que foram vítimas do golpe e efetuaram o pagamento fora do sistema oficial do INEP, não foram considerados inscritos e, acabaram sendo eliminados sumariamente do ENEM 2024.

Mandados cumpridos

A operação desta quinta-feira cumpriu dois mandados de busca e apreensão domiciliar em Praia Grande (SP) e foi determinado o bloqueio de bens dos investigados. Segundo a PF, um dos principais envolvidos já possui pelo menos 15 anotações criminais por estelionato.

As investigações seguem em andamento para identificar outros participantes envolvidos no esquema.

Orientações

Ademais, a orientação é que os candidatos fiquem atentos a possíveis golpes, especialmente durante os períodos de inscrição de exames nacionais ou concursos públicos. E também, recomenda-se verificar o domínio, analisando se é o oficial do governo (.gov.br) e desconfiar de cobranças fora do sistema reconhecido pelas autoridades.

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Autor: Mariana Freitas


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