O balanço patrimonial é um dos principais relatórios de gestão que deve ocorrer por todas as empresas, seguindo a legislação específica. Apesar disso, não é incomum encontrarmos gestores com dúvidas nessa questão.
Afinal, quando iniciamos um negócio, acabamos nos deparando com inúmeras obrigações contábeis e nem sempre nos sentimos preparados para assumir todas essas tarefas.
Todavia, para tomar uma decisão assertiva é preciso conhecer o balanço patrimonial da empresa. Na leitura a seguir, vamos das informações que confirmam a importância deste demonstrativo.
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O que é o balanço patrimonial?
O balanço patrimonial, também chamado de Balanço Contábil, é um relatório gerado a partir do registro de toda a movimentação financeira da empresa durante um período determinado, que pode ser de três meses, seis meses ou até um ano.
Assim, esse relatório demonstra a situação patrimonial da empresa naquela data, constando todas as informações sobre bens, direitos e obrigações do empreendimento, além dos investimentos e fontes de recursos.
O objetivo do balanço patrimonial é verificar o equilíbrio entre as contas da empresa, sendo então um instrumento que garante o bom funcionamento da contabilidade empresarial. Esses registros devem ser mantidos organizados para que sejam entregues às autoridades competentes quando solicitados.
Como se estrutura um balanço patrimonial?
A estrutura desse relatório é baseada em três pontos: o ativo, o passivo e o patrimônio líquido. Lembrando que ainda que eles são desdobráveis em circulante e não circulante. Veja:
- Ativos: são os bens e direitos da empresa e investimentos que trazem benefícios financeiros para o negócio, exemplo: imobilizado, caixa;
- Passivos: são as obrigações financeiras da empresa., exemplo: fornecedores a pagar, empréstimos;
- Ativo circulante: é todo bem e direito que pode ser convertidos em dinheiro dentro de 12 meses, como exemplos: duplicatas a receber, estoques;
- Ativo não circulante: valor que poderá ser convertido em dinheiro após o prazo de 12 meses, ou seja, bens com uma maior durabilidade;
- Passivo circulante: são as dívidas com terceiros que devem ser pagas dentro de 12 meses;
- Passivo não circulante: são as obrigações que permaneceram por mais tempo junto a empresa, ou seja, além de 12 meses;
- Patrimônio líquido: é o valor contábil pertencente aos acionistas ou sócios da companhia. Neste grupo demonstra-se o capital injetado acrescido dos lucros obtidos na operação.
Qual a importância do balanço patrimonial?
Entre os benefícios da análise do balanço patrimonial pode-se destacar a “saúde financeira da empresa”, uma vez que, o balanço relata como está o patrimônio.
Dessa forma, quando o profissional contábil expõe as informações contidas no balanço ele conseguirá mostrar aos gestores se o patrimônio empresarial corre risco, se a empresa deve mais do que possui, entre outros dados.
Outro destaque e um dos pontos de grande relevância é a possibilidade de disponibilizar os indicadores financeiros através dos números fornecidos no balanço patrimonial, ferramentas essenciais para o controle e planejamento.
Entre esses indicadores estão: liquidez corrente; liquidez seca; liquidez imediata; liquidez geral; rotação de estoque; margem líquida; retorno do ativo; retorno sobre investimento, entre outros.
Além disso, o balanço patrimonial é imprescindível para os usuários externos analisarem o real valor do negócio. Todavia, é importante estar atento a alguns fatores, pois o que é representado como patrimônio líquido muitas vezes não traz o valor de mercado, mas sim o valor contábil do empreendimento.
Como fazer o balanço patrimonial?
Criar o balanço patrimonial do próprio negócio realmente não é uma tarefa muito fácil, mas veja os passos principais para montar seu balanço patrimonial:
1 – Determine um período
Como você já sabe, o balanço patrimonial mostra a situação financeira da empresa dentro de um período específico, então o primeiro passo é determinar a data do relatório.
Geralmente, o balanço patrimonial ocorre a cada 12 meses. Porém, isso não impede que tenha elaboração a cada três meses, como é o caso das empresas de capital aberto.
2 – Pontue seus ativos
Com a data definida você precisa considerar e contabilizar todos seus ativos dentro desse período.
Para facilitar a análise, considere listar os ativos como individuais e ativos totais. Quando os ativos tem sua divisão em diferentes itens de linha fica muito mais complexo de entender o relatório.
Lembre-se, os ativos dividem-se em dois grupos:
Ativos circulantes:
- caixa e equivalentes de caixa;
- contas a receber;
- títulos negociáveis de curto prazo;
- outros.
Ativos não circulantes:
- títulos negociáveis de longo prazo;
- ativos intangíveis;
- propriedade;
- outros.
3 – Pontue seus passivos
Identifique quais são as obrigações da empresa com terceiros, que assim como os ativos, são divididos em dois grupos:
- aluguel;
- pagamentos de juros;
- despesas acumuladas;
- outros.
- Passivos não circulantes:
- empréstimos de longo prazo;
- impostos de renda diferidos;
- dívidas de longo prazo
- outros.
4 – Faça o cálculo do patrimônio líquido
Nesta etapa você precisa listar as contas que apontam o valor contábil da sua empresa. Para ser mais simples considere, por exemplo, capital social, lucros acumulados, fluxo de caixa, entre outros.
Caso a empresa seja de propriedade privada, sendo de um único proprietário, será mais simples calcular o patrimônio líquido. Agora, se estamos falando de uma empresa de capital aberto, esse cálculo poderá ficar mais complicado.
5 – Compare o total do passivo e do patrimônio líquido com os ativos
Com a equação do balanço patrimonial é esperado um equilíbrio entre os ativos e o montante de passivos. Para isso, o relatório é montado da seguinte forma: Lado esquerdo = Ativos e o Lado direito = Passivos e o Patrimônio Líquido
Os valores sempre agrupam-se em contas e a sua ordem é determinada pela situação de liquidez. Assim, dessa forma, fica mais fácil analisar o relatório.
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Quem é responsável pelo balanço patrimonial?
Trata-se de uma das obrigações da contabilidade, por isso costuma ser de responsabilidade do contador de confiança. Os pequenos empresários podem fazer eles próprios o documento, mas é importante que ele siga todas as exigências e indicações legais.
De modo geral, o balanço costuma ter sua elaboração a cada 12 meses, porém é possível realizá-lo em menos tempo. No entanto, em termos legais, ele deve ocorrer ao final de cada exercício social.